terça-feira, 4 de março de 2025

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment


Olá leitores do Visão Brasileira, aqui no Wrestling.PT. Depois da realização da Wrestlemania 36, nas noites de sábado e domingo, tivemos um bom PPV, que ficou bem acima do cenário catastrófico que alguns desenhavam. Muitos dos combates que alguns acharam com níveis abaixo do esperado, também não teriam sido de grande nível, mesmo com a presença de público.

Nunca vimos o E da sigla WWE estar em tanta evidência e ser justificadamente utilizado, como vimos nas realizações dos combates do sábado na excelente Boneyard Match entre The Undertaker vs. AJ Styles, que fechou a noite de sábado e no domingo  da enigmática Firefly Fun House Match entre “The Fiend” Bray Wyatt vs. John Cena, que para os mais jovens foi algo confuso, mas que para os mais velhos, como eu, entenderam toda a história a ser contada.

Comentarei neste Visão Brasileira os pontos que destaco como mais interessantes nesta Wrestlemania, os combates irrelevantes e com resultados que não me agradaram, acabarei os deixando de fora. Cito por exemplo, a vitoria de Becky Lynch sobre Shayna Baszler, que para mim enterra todo o roster feminino do Raw, praticamente de uma vez, a vitoria de Sami Zayn contra Daniel Bryan, mostrando um Zayn que segue sendo extremamente ajudado, como se ele precisasse, a vitoria de Braun Strowman contra Goldberg, que foi um grande resultado, mas sinceramente, Goldberg jamais deveria ter se tornado Universal Champion e a vitoria de Bayley, na Fatal 5-Way Elimination Match, onde cheguei a pensar que Lacey Evans venceria, mas a aliança entre Bayley e Sasha Banks segue firme, quem sabe até o Money in The Bank.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

Começo pela primeira noite de Wrestlemania, onde o primeiro combate que me agradou foi a pelo cinturões de duplas do Smackdown, que devido as circunstâncias de The Miz estar com os sintomas do coronavírus, tornou-se um Triple Threat Ladder Match, com as presenças do SmackDown Tag Team Champion John Morrison de Jimmy Uso e de Kofi Kingston. Com estes três e com a estipulação, o combate foi muito bom e ao final vimos um grande final, com os três lutadores, a segurarem o gancho que segurava os cinturões, Kofi Kingston e Jimmy Uso acertaram Morrison e este ele acabou caindo com os cinturões em suas mãos, vencendo assim o combate.

Uma pena The Miz não ter podido combater, mas mesmo nestas cirunstância, tivemos um grande combate e espero que The Miz e Morrison continuem como campeões por um bom tempo. O bom seria um surgimento de uma nova dupla para desafiá-los, pois Usos e New Day, já tiveram uma serie de reinados e uma nova conquista deles, não mudaria muito o panorama da divisão de duplas do Smackdown.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

O segundo combate da noite que destaco, acabou ocorrendo em dose dupla, ainda bem. Primeiro vimos Kevin Owens a vencer Seth Rollins por desqualificação, pois Rollins utilizou o gongo do ringue para atingí-lo. Quando parecíamos que teríamos uma vitoria sem muita emoção de Kevin Owens, este provocou Rollins e tivemos o reinicio do combate, agora como uma No DQ Match, onde o ponto alto foi vermos Owens jogar-se do logo da Wrestlemania, em um grande salto sobre a mesa dos comentaristas. No fim, já no ringue, após um Stunner, Owens venceu novamente.

Estou muito curioso se teremos ou não a continuidade desta rivalidade. Para mim ambos são grandes nomes a mais adiante entrarem na rota do WWE Championship. Quem sabe um deles vença a pasta do Money in The Bank, se bem que na minha opinião tanto Rollins quanto Owens, nem precisam dela, para alçar-se a disputa do cinturão. São dois grandes nomes do Raw.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

No Main Event da primeira noite, tivemos uma obra prima por parte da WWE, a Boneyard Match entre Undertaker venceu AJ Styles. AJ chegou ao combate dentro de um caixão e Undertaker chegou de moto, ao da música “Now That We’re Dead”, do Metallica como “American Badass”O combate foi uma relíquia para lembrarmos por um bom tempo, com grandes segmentos, como o Chokeslam que Taker aplicou em AJ do alto de um armazém. Ao final, Taker com um Big Boot  jogou AJ Styles dentro da cova, e depois com um trator jogou terra em cima de AJ, vencendo o combate.

Foi uma obra prima este combate e por mim daqui por diante, The Undertaker poderia combater apenas assim, ele não precisa mais de combates comuns, no ringue. Nesta fórmula, Taker por combater por quantas vezes quiser. AJ cumpriu de forma exemplar no combate, sabia que ele é um dos poucos que poderia nos proporcionar um bom combate contra Taker. Já vou dizer, se Taker fosse realizar apenas mais um combate nesta fórmula, eu fecharia sua carreira em um combate similar, contra Sting, seria a Dream Match que todos gostaríamos um dia de ver, neste formato cinematográfico, com destaque ao E da WWE. Claro vamos a gradecer a Matt Hardy, que foi quem começou com esta forma de combate, que pode sim ser bem incluída ao Wrestling, quando possível.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

Na segunda noite, começo a destacar o combate entre a NXT Women’s Champion Rhea Ripley que enfrentou Charlotte Flair. O combate foi bem intenso, com as duas lutadoras tendo oportunidade de vencê-lo. Mas ao final, Charlotte conseguiu aplicar o Figure 4-Leg Lock  e na sequência um Figure 8-Leg Lock. Rhea Ripley acabou desistindo e assim Charlotte Flair tornou-se a NXT Women’s Champion, conforme já esperava.

Agora teremos Charlotte Flair como NXT Women’s Champion, eu teria mantido Rhea Ripley, mas Charlotte assim vai para as noites de quarta-feira, ser um nome a lutar pela audiência contra a AEW. Até porque a divisão feminina é o ponto fraco da concorrente, que tem uma campeã feminina, que sabemos quem é. Espero que Charlotte consiga realizar grandes rivalidades no NXT, lamento por Rhea ter visto seu reinado acabar.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

No combate que não foi uma primazia, mas merece seu destaque por toda a historia a ser contada na rivalidade, tivemos o confronto entre Otis e Dolph Ziggler. O combate ocorreu da forma que esperava e tivemos Otis a quase vencer após o Caterpillar, mas Sonya Deville distraiu o árbitro e Ziggler acertou um low blow em Otis. Depois vimos Mandy Rose a vir e atacar Sonya Deville. Depois Mandy atacou Dolph Ziggler com um low blow e assim Otis pode desta vez acertar o Caterpillar e vencer o combate. Depois tivemos o beijo entre Mandy Rose e Otis.

Otis assim vence a rivalidade, que teve uma historia que para mim não é das mais agradáveis, mas foi muito bem contada e teve seu Wrestlemania Moment. Agora espero que Otis e Tucker comecem a ter grande destaque e quem sabe venham a ter uma oportunidade pelos cinturões de duplas e para mim, podem ser a dupla a dar novos ares, mais adiante, ao Smackdown, derrotando Miz e Morrison, quem sabe lá pela altura do SummerSlam.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

No combate que tinha as maiores expectativas, tivemos a Last Man Standing Match entre Edge e Randy Orton, que acabou sendo também uma espécie de tour ao performance center da WWE. O combate começou maluco, com Randy Orton a aparecer vestido de cameraman e acertar um RKO em Edge já de início. O combate desenvolveu-se por todo o performance center, com momentos como Edge pendurou-se no teto a jogar-se sobre Orton. No final, eles lutaram no alto de um caminhão, onde Edge atingiu Orton com uma cadeira, depois colocou a cabeça dele em cima de uma cadeira, pegou uma segunda cadeira e fez um Conchairto, vencendo o combate.

Agora é esperar ansiosamente pelos próximos combates e rivalidades de Edge. Sabemos que ele terá um calendário no padrão Brock Lesnar, mas espero que escolham muito bem suas rivalidades e adversários. Temos que aproveitar cada combate de Edge e como é bom vê-lo de volta aos ringues. Orton fez um grande combate, revalorizou-se mais uma vez, pois Orton quando sabemos que esta a ser valorizado, nos apresenta grandes combates, o problema é que a WWE parece por muitas vezes, não saber o que fazer com ele.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

Em outro combate com destaque ao E da WWE, tivemos a Firefly Fun House Match entre “The Fiend” Bray Wyatt e John Cena. Aqui o combate deixou os mais jovens sem muito entender todo o resgate histórico que a WWE realizou sobre a carreira de John Cena, mas quem tem mais idade, entendeu completamente o mesmo, que demonstrou Bray Wyatt entrando na mente de John Cena, mostrando diversos pontos, foi muito entretenimento. Ao final vimos “The Fiend” vencer, com direito a contagem de Bray Wyatt, algo bem psicodélico.

Bray Wyatt assim volta a vencer, depois da lastimável derrota para Goldberg e John Cena, pode ser que tenha se despedido dos ringues na WWE. Eu sinceramente espero que não. Para mim John Cena ainda merece mais um combate para despedir-se com arena lotada e um grande adeus, pois merece isso por todos os seus serviços prestados a WWE. Estou curioso pelos próximos passos da WWE com “The Fiend”, pois não acredito que tão cedo, voltaremos a ter outro combate destes, até porque este tipo de estipulação, deveria ser utilizado apenas contra ícones e não vejo a WWE tendo muitos outros nomes a lutarem contra Bray Wyatt nesta fórmula. É um formato interessante, mas precisa ser muito bem utilizado.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

No Main Event da segunda noite tivemos o combate entre o WWE Champion Brock Lesnar contra Drew McIntyre. O combate começou intenso com Drew já aplicando um Claymore Kick, depois disso Lesnar equilibrou o combate e começou a aplicar alguns German Suplexes e acertou o primeiro F-5, acertando mais dois em sequência, mas Drew conseguiu impedir a contagem. Ao final Drew aplicou uma sequência de 3 Claymore Kick, e venceu o combate tornando-se assim o novo WWE Champion. Aqui sim, senti uma falta enorme do público, pois Drew merecia seu grande momento, em uma arena completamente lotada.

Drew McIntyre assim torna-se WWE Champion e espero que tenha um grande reinado. Minha preocupação é com as rivalidades que a WWE irá definir para ele. Esta possibilidade mesmo de um combate contra Tyson Fury, é algo que me desagrada completamente e a WWE já começou mal, fazendo Drew enfrentar Big Show, que esta muito bem na série do Netflix e nem precisava voltar aos ringues.

A Wrestlemania em si, dentro das possibilidades e do cenário catastrófico que estamos no mundo, com a pandemia do coronavírus, nos entregou um bom show. Nada de ser uma espetacular Wrestlemania, mas também não foi uma desgraça total. Foi um bom show, com alguns grandes combates, outros bons combates e outros ruins, que nem em uma arena com 1 milhão de pessoas, viriam a ser grandes combates. Foi uma avanço a WWE fazer o E de sua sigla e nos entregar duas obras primas de entretenimento, a Boneyard Match, que foi estupenda e a instigante Firefly Fun House Match, que foi uma aula para alguns e quem não entendeu muito bem, poder aproveitar a quarentena e assistir o passado da WWE, que assim conseguirá remeter-se melhor as informações deste.

Visão Brasileira #438 – WW Entertainment

Agora vamos ao espaço para interagirmos:

– O que vocês acharam da Wrestlemania?
– Qual o momento mais marcante do PPV?
– O que esperam destes novos campeões? Quais deles poderá ter o melhor reinado?
– O que acharam da Firefly Fun House Match? Será este o último combate de John Cena? Quem você gostaria de ver neste combate contra Bray Wyatt? Por quais motivos?
– O que acharam da Boneyard Match? Será este o último combate de Undertaker? Quem você gostaria de ver neste combate contra Undertaker? Por quais motivos?
– O que esperar do Money in The Bank? Quem hoje você escolheria como portadores das pastas?
– Quem você colocaria como desafiantes ao Universal Champion Braun Strowman e ao WWE Champion Drew McIntyre?

Desejo a todos uma grande semana e até o próximo Visão Brasileira.


 

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